De Brasília, com pancadas de chuva e visita a sebos
Volto a sublinhar como por estas paragens sempre se deu grande destaque à produção internacional de sociologia e de politologia, talve por causa da República Positivista que transformou em lema nacional a divisa de Comte e pôs na bandeira o verde que ele propunha para a salvação da humanidade. Mas talvez tenha sido por causa disso que o lado antipositivista aqui também floresceu, nomeadamente o neotomismo maritainista, bem represemtado pelo fulgor de Alceu Amoroso Lima. Nesta terra de contrastes, a sobrevivência impõe que se pratique o pluralismo e impede a unidimensionalidade, mesmo quando o Estado tem uma doutrina e se transforma numa força que a difunde a partir do vértice.
Apesar de bem distante de Lisboa, o celular tocou para eu comentar as afirmações do antigo chefe dos nossos patrões, sobre a eventual necessidade de um novo partido de direita. Reparo também que um grupo de amigos de um antigo, mas jovem, líder de um dos ainda existentes partidos, decidiu emitir um manifesto de direita, arrependido que está de ter ajudado a lançar um partido que não se dizia da direita, mas que agora reentrou em fundacionalismos, exorcizando o pequeno passado que tem. Não comento. Se a direita são os conselhos de Ferraz da Costa e da sua direita dos interesses e o tal manifesto, é evidente que com eles não me identifico. Continuo um radical do centro excêntrico e a subscrever o que está na coluna esquerda deste blogue. Navegar é preciso, viver assim não é preciso...
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