Elites, meritocracia e memória dos Filipes
A verdade é que não há memória, no passado recente, de olhar para os centros de decisão internacional e ver tantos portugueses em lugares de relevo. A começar por Bruxelas, onde Durão Barroso comanda há cinco anos, a partir do último andar do Berlaymont, o poder executivo do maior bloco comercial do mundo, formado por 27 estados europeus. Também de Bruxelas sairá, nos próximos tempos, o futuro embaixador da mais relevante representação diplomática da União Europeia - a de Washington -, João Vale de Almeida. Nos Estados Unidos, encontrará ao serviço das Nações Unidas homens como Jorge Sampaio (Alto Representante da ONU para A Aliança das Civilizações), António Guterres (Alto Comissário da ONU para os Refugiados) ou Victor Ângelo, o homem de confiança do secretário-geral Ban Ki-moon a chefiar a missão da ONU no difícil teatro do Chade.
No xadrez económico mundial também há peças portuguesas em acção. Três exemplos: Victor Constâncio, vice-presidente de Banco Central Europeu; António Horta Osório, um dos vice-presidentes executivos do grupo Santander e director não-executivo no Banco de Inglaterra; e Maria Ramos, a CEO do grupo financeiro ABSA.
Mais do que reconhecimento, poder e influência, há outro factor que motivou a afirmação deste grupo de destacados portugueses. Adelino Maltez sumariza: "É verdade que Portugal se tornou pequeno para certas elites. E em momentos de crise ou definição de caminhos a elite tende a escapar."
Eles têm poder, influência e estatuto. Eis a nova elite portuguesa global
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