Em Portugal, o importante não é ser eurocrata, deputado ou ministro, é tê-lo sido!
Hoje pode ser o dia das mentiras, pelo que vale a pena fingir que é a verdade aquilo que na verdade se sente. Depois do pato bravo, eis o contra-almirante. Depois do trolha, o altíssimo comissário. Eis a diferença que vai da rotunda cá da vilória a uma manobra económica das brumas germânicas, porque na Europa a que chegámos, quanto mais problemas de convergência com a moeda única, entre gregos e lusitanos, mais equipamentos de ferro submergível com periscópios bem de fora, em nome da soberania e de governos de esquerda e de direita...
Portugal, enquanto produtor de cortiça, flutua imenso. Sobretudo com a leveza das contrapartidas, mesmo quando santificadas pelas empresas de regime, as que criam um escudo globalmente invisível às grandes forças vivas santificadas...
Mas periscópios não conservam nos discos duros do "off shore" os quadradinhos de papel que registam os créditos e os débitos do senhor ninguém. E por cá a balança da justiça corre o risco de ter roubado a espada à deusa que a sustinha, pondo-a num dos pratos, ao mesmo tempo que tirou a venda dos olhos e cedeu à sedução de um cruzeiro por mares tropicais e de uma casinha modestamente apalaçada, para se gozar a reforma e mangar com a tropa...
As formidáveis máquinas registadoras da geofinança não põem a nu todos os recebimentos, todos os cliques de confirmação dos muitos multibancos sem caixas de ferro, pelo que as somas de um mais um nunca são dois, são sempre abaixo de zero...
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