Egipto: para que cada coisa tenha pelo menos duas. Por Teresa Vieira
Do que te envolve os pulsos
Do sono do teu perdão
Das guerras dos nados-mortos
Do fundo das inquietas frontes
Das saudades das esfinges
Dos livros encadernados de açúcar
Dos ouros em águas livres
Dos caminhos das perguntas
Da abolição dos pretextos
Da debilidade à força
De baixar o céu à terra
Ó Egipto
Ó promessa
Se ainda fosses capaz do imprescindível oficio
De voltares de parte alguma
E de nenhures criares
Sentido e vida ao teu gesto
Teresa Vieira
12.02.11
Sec XXI
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