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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

6.11.04

OH sois vós que agora mandais nas gentes?

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Recebi de P. A. (pessoa amiga), em resposta ao que se leu na última entrada, que:

Contudo há que esclarecer que até às Ordenações Afonsinas (1446) não eram necessárias habilitações especiais para se exercer advocacia só com D Afonso V se exigiu que o procurador fosse letrado e se submetesse a um exame com as ordenações Filipinas estabeleceu-se a questão das incompatibilidades e honorários ora estas estiveram em vigor até ao C.C. de 1876 destas Ordenações constava e eu sou desse tempo a impossibilidade de fazer avença com as partes e a proibição absoluta de revelar segredos do cliente logo esta coisa da ZEE e do Tratado é rigorosamente coincidente com a situação em que actualmente os licenciados em direito deste governo de coisinhos pensares fazem por trinta reis já que não há que ter em conta interesses nacionais primeiro porque a sardinha já não é nossa há muito tempo e desse facto não se queixa segundo aos costumes se diz nada e terceiro a crescente complexidade internacional faz com que a ZEE seja também ela uma zona de associações mafiosas
que mergulham as suas raízes nos holocaustos próprios e alheios de tal modo que não há que ficar com nada visto que o povo conhece melhor a palavra soberania ainda que a não entenda e esta já foi posta a secar nas janelas de todos os que acarinhavam a selecção portuguesa




porque a gente pode até prescindir da ZEE já que o bacalhau vem da Noruega mas os golos do futebol são o real porta-bandeira que há que defender isso sim a todo o custo acrescendo que estes golos não carecem de ser referendados são além do mais colegiais livres e estatais cabendo ao povo decidir se também se pode criar golos por decreto já que assim o governo sempre se entretém a fazê-lo e inserindo essa possibilidade nos novos bilhetes de identidade dos quais irá constar a autorização implícita para a ZEE se desprender de vez do país como a tal jangada donde é oportuno referir que no dealbar do novo século de tudo se deve prescindir menos das botas de dormir onde se encontra a tal soberania que de friorenta já carece de botija de barro à moda antiga para que aqueça nos discursos dos políticos



AH monsenhores que encheis a nossa alma de alegria Neste momento era tudo o que eu temia

OH sois vós que agora mandais nas gentes?

Eu perdoo-vos pois há que vos fazer justiça ó velhacos que até levam a mão ao peito de tanto rir mas vereis que de repente o amanhã chegará porque nós estamos aqui e vós bem sabeis quem nós somos os que não esquecemos pitada e se reservam para melhor ocasião



É que nós até sabemos umas coisas do Código de Hammurabi visto que no século XVIII A. C. já se falava em actos de justiça

Querem mais?

AGANTEM que hoje estamos cansados além do mais temos que nos debruçar no novo bode expiatório da Comissão Europeia que ao que parece desta feita é mulher e a expectativa de muitos é tensa e tansa