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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

12.12.04

Hoje é dia do Espírito, sem tabus nem tabúas...


Em defesa da honra com Portas olhando o infinito

Três pequenas leituras de domingo:

A primeira, de quem deveria ser o meu candidato à presidência da regeneração:

Os candidatos vão desdobrar-se em centenas de comícios totalmente inúteis, ainda por cima em estação de frio e chuva. Grande parte dessas reuniões far-se-á apenas para poder filmar, para as televisões, bandeiras e jovens excitados aos gritos. Cada vez menos gente participará em tais festins, organizados por gente paga e abrilhantados por brindes e fancaria de plástico que umas muito vivas empresas inventam. Especialistas brasileiros e espanhois virão ganhar umas pequenas fortunas com uma ridícula campanha.


A segunda, uma voz incómoda da Igreja Católica, D. Januário Torgal:

A democracia esvaziada de valores e reduzida a uma competição de partidos políticos com soluções "garantidas" para tudo, poderá transportar em si a anti-democracia, como o acentuou Vaclav Havel. Avaliando o seu tempo de dissidente, escreveu: "por isso dávamos tanta importância à dimensão moral da política e a uma sociedade civil activa, enquanto contrapeso aos partidos políticos e às instituições do Estado. Vamos insistir na ideia de que a política não é apenas uma tecnologia do poder e que tem de ter uma dimensão moral"




Porqu'agora quem não se sente não é filho de boa gente...

A terceira, de JPP no Abrupto:

POBRE PAÍS
o nosso, dependente de um portador do caos.



Tudo sem saias, mas faltando os que têm ligação a certos sectores da banca (Barreto e Bagão)

Para os devidos efeitos, entre quem tem urgência em saber se tem lugar no situacionismo e quem não exclui entendimentos com a oposição, continuo a citar Régio: não vou pelo situacionismo, não vou pelos cadáveres renovados do dito, quero ter lugar na necessária alternativa civilizacional, com este regime, contra este sistema. Não sou pela IV República, sou pelo Quinto Império. Não quero estar dependente de uma constipação mal-tratada, prefiro a pomba do Santo Espírito! Sou da religião de S. Fernando (Pessoa) e de Santo Agostinho (da Silva). Quem duvida, que releia este blogue, sem precisa de procurar as entrelinhas.