A peste suinal da campanha negra
De acordo com os observadores internacionais destacados pela OSCE, para acompanhamento do processo eleitoral português, foram detectados, desde o início da campanha, mais de 140 candidatos infectados com uma microbactéria da corruptose, mas os observadores garantem que não há motivo para alarme. Até agora, apenas foram identificadas lesões em animais de mais de uma dúzia de listas concentradas nas regiões litoral e centro do país.
Segundo consta, para além dos processos do apito dourado, da Casa Pia e dos "outlets" e "freeports", a cloaca da campanha vai agravar-se em lama dejectal nos próximos dias, acompanhando novos dados sobre sondagens, depois de Cadilhe desmentir Santana, de Portas criticar Durão, de Lopes ficar cada vez mais roucamente jardínico, do "Expressso" dizer que Cavaco foi armadilhado pelo mesmo Lopes, num etc. cada vez mais próximo da tragicomédia.
No entanto, a OSCE já reforçou as inspecções, pelo que, em declarações à Lusa, Xu Kumba Ki É Deká garante que os programas eleitorais emitidos pelos partidos para a obtenção de votos, em feiras, tendas e comícios, estão em boas condições para serem consumidos, embora os vómitos possam chegar depois dos eleitores passarem o "cheque em branco" do chamado "voto útil".
Uma fonte próxima da próxima candidatura presidencial é da mesma opinião, dizendo não haver razões para não confiar no trabalho dos inspectores.
"O controlo que está a ser feito pelos inspectores eleitorais dá garantias, muito grandes, de que não há risco nenhum", reitera. Podemos, portanto, continuar a comer as habituais bifanas que precedem os comícios e já estão disponíveis inúmeros cachecóis laranjas, tipo ucraniano, e vermelho cor-de-rosa, tipo Mário Soares.
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