a Sobre o tempo que passa: Louçã defende o "não" à Constituição de Giscard. De que lado estais?

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

10.5.05

Louçã defende o "não" à Constituição de Giscard. De que lado estais?



Coerentes almas da velha democracia que tanto estão a Norte, com o espírito socrático, como a Sul, com os buracos pombalinos e os parques de estacionamento dos monteiros e carmonas, ainda não notaram que o subscritor deste postal sempre esteve ao lado de Gonçalo Ribeiro Teles e Luís Coimbra, antes e depois de 1974, e que muito se honra de subscrever António Barreto e muitos outros, todos conhecidos militantes da luta contra os fantasmas de direita e os preconceitos de esquerda, do santanismo ao portismo, passando por muitas outras formas de novos despotismos e personalizações do poder autárquico. Já agora, para informação dos incautos, informo que sou vice-presidente, há largos anos, do movimento cívico Intervenção Radical, presidido por Eurico de Figueiredo, lado a lado com Carlos Antunes, assim praticando o extremo-centro, típico do radical liberal que antes de o ser já o era, incluindo na defesa dos princípios da Internacional Liberal e do tradicionalismo, dito monárquico. E mais não digo. Gosto mais dos actos. De coerência. E cá por mim continuo a ser militante da ideia do Portugal Plural, nacionalista, federalista, regionalista e, portanto, portador de outras heresias do género. Julgo que Louçã anda para aí a defender o não à Constituição de Giscard...Amen!