a Sobre o tempo que passa: A razão profunda da candidatura de Soares

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

17.8.05

A razão profunda da candidatura de Soares



É que com o novo Papa, a Igreja virou à direita de quem vê a cena de esguelha... Com efeito, em 19.04.2005, o antigo Presidente da República Mário Soares manifestou-se "desiludido" com a escolha do alemão Joseph Ratzinger como novo Papa, argumentando que o antigo cardeal "é muito conservador" e irá tornar a Igreja Católica "mais fechada". Ele "é um Papa muito conservador, ultra-conservador". "Não prevejo que a Igreja vá ter aquela abertura que se esperaria", acrescentou o ex-chefe de Estado, admitindo ter mantido a esperança de que o cardeal José Policarpo fosse o sucessor de João Paulo II.