Há dias em que o tempo que passa não me dá tempo para que o tempo de espírito permita que o pensamento se desvele
Há dias em que o tempo que passa não me dá tempo para que o tempo de espírito permita que o pensamento se desvele e se transforme em discurso. Porque, aqui, onde há Internet, ele é como aquela perspectiva do Gato Fedorento sobre o discurso de Marcello, sobre as coisas que há mas não há, porque ela há, mas pode não aparecer, talvez por causa de um acaso. Daí que tenha sido surpreendido pela nacionalização do BPN já muito depois do facto consumado e um pouquinho antes de Cadilhe se manifestar contra aquilo que Rangel do PSD qualifica como emergência do capitalismo de Estado. Prefiro, continuar a repetir o que Ramada Curto, o nosso socialista verdadeiramente histórico, dizia das empresas em Portugal: querem a nacionalizações dos prejuiízos para que, depois, se chegue à privatização dos lucros. Tenho a impressão que o assunto nada tem a ver com o nome de um ex-secretário-geral do PSD, de um ex-secretário de Estado de Cavaco e de muitas "connections". Apenas coincidências. Não se passa nada. Não acredito em bruxas, mas que as há, las hay. Prefiro estar atento à eventual mudança do mundo, seja quem for o eleito para a Casa Branca, embora as novas do que vier a acontecer na América já aqui cheguem quando o dia de hoje já for, aqui, amanhã.
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