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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

6.11.09

O novo ciclo para lamentar de um governo absolutamente minoritário...


Ainda não li o "Sol", só as parangonas e o comentário de Sócrates à saída da sessão exaltadora. E como diria Cícero, o tal do "De Amicitia" que o "Sol" talvez não cite, "nem tudo o que é lícito é honesto"...


E recordo Pacheco contra Sócrates em bela picardia parlamentar e não para lamentar. Apenas comento: uma vez jota-esse-dê, jota-esse "dê" toda a vida!


Porque o novo ritmo deste ciclo absolutamente minoritário foi dado por Gama a cortar o pio protestante ao Zé Ribeiro e Castro que até é ortodoxo. Tudo prós passos que já perdemos, encerrada a reunião... Da próxima, use de outras figuronas regimentais. Esta sim, foi para lamentar... mas do candidato a candidato, conforme o Correia de Campos que não perdoa alegrias nem diabruras...


Com tanto jogo de cintura de quem sofisma e não cisma, apenas recordo que, outrora, um certo de Oliveira, com a sua paz dos cemitérios, estabeleceu o princípio plebiscitário, segundo o qual as abstenções contavam legalmente como votos a favor. Porque, no fundo, interessava o quem não é contra mim é a favor de mim e não o totalitário quem não é por mim é contra mim. A pasmaceira continua...


Muita tranquilidade, muita tranquilidade, muita estratégia, pouca táctica, muita tranquilidade, muita linha de rumo. E depois de mais um empate que não foi derrota, o dito cujo lá pediu a demissão... os lagartos precisam que o lampião desça à terra do sol...