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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

4.11.09

O processo de porreirização em curso e o movimento dos descasados


Merkl diz que altos cargos na Europa só para pequenos e médios, porque o princípio do directório e da hierarquia das potências prefere a hipocrisia do mandar por procuração, nomeadamente através da efectiva oligarquia das multinacionais partidárias existentes. O processo de porreirização em curso, precisa de muitos pás p'rá falta de cláusulas de salvaguarda, à irlandesa ou à checa. Heterónimo de Zé Manel, procura-se! Habemus tractatum. Pum!


Por cá, basta recordar a guerra das portagens que antecedeu o "tabu" de Cavaco, enquanto Primeiro-Ministro. Do lado da governança do Estado-Laranja estava um tal de Dias Loureiro. Do lado do PS, um tal de Armando Vara. Agora, entre os dois, nem o Diabo quer escolher. Basta ver quem é o actual administrador da Lusoponte e o que levou os irmãos-Pinto à condenação...


Contudo, varado, o actual Governo minoritário, com o prometido apoio da geometria variável de comunistas e bloqueiros, quer "eliminar as barreiras jurídicas para o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo". O Bispo do Porto ainda pede referendo sobre a matéria. Mas não ameaça com a suspensão da Concordata, para que o casamento canónico deixe de ser estadualmente reconhecido. Nem sequer refere a necessidade de criação de um movimento sociológico que defenda a mudança de nome da anterior instituição: "casamento entre pessoas de sexo diferente".


Os defensores do casamento de homossexuais defendem o todos iguais, todos diferentes. Isto é, como fundamentalistas, querem manter o nome da coisa, para lhe mudarem a natureza. Os fundamentalistas do outro lado têm uma alternativa: mudem também o nome da coisa e criem um amplo movimento sociológico para a fundação do conceito legal de "casamento entre pessoas de sexo diferente".


Os defensores do casamento de homossexuais defendem o todos iguais, todos diferentes. Isto é, como fundamentalistas, querem manter o nome da coisa, para lhe mudarem a natureza. Os fundamentalistas do outro lado têm uma alternativa: mudem também o nome da coisa e criem um amplo movimento sociológico para a fundação do conceito legal de "casamento entre pessoas de sexo diferente". O papa chega a 13 de Maio de 2010 e fará discurso na Cova de Iria contra o relativismo e o niilismo dos defensores do descasamento global que não são pelo casamento dos homossexuais, nem pelo dos heterossexuais, preferindo as normas do direito natural...