a Sobre o tempo que passa: Um silêncio no coração. Uma mão aberta nas almas de todas as solidariedades. Por Teresa Vieira

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

11.3.11

Um silêncio no coração. Uma mão aberta nas almas de todas as solidariedades. Por Teresa Vieira



O sismo e os tsunamis que atingiram o Japão hoje e as consequências atrozes quando outros países receberem as ondas de choque, levam-nos, no mínimo, a pensarmos na ínfima partícula do universo do qual somos todos um minúsculo grão de areia.

E enquanto grãos de areia regeneremos a possibilidade de sermos uma revelação para nós mesmos e para os outros que de nós precisam.

Se o ser humano desistir de alguém, é de si mesmo que desiste. É a si mesmo que se está a condenar no inevitável sismo da autodestruição.

Assim haja tempo de ainda provarmos que o silêncio no coração existe para que escutemos melhor a nossa voz e as dos que por nós chamam. 

E que todas as mãos das almas sejam fundamentais ao sentido da vida, à salvação do casamento de todas as solidariedades.

Presente!

M. Teresa Bracinha Vieira
11 de Março 2011
Sec. XXI