Legitimismo e ordem religioso-militar
Ei-lo, o bailarino, o operário, o ortodoxo, o necessário homem do terciário que um arqueológico grupo precisa para manter a respectiva coerência. Um grupo que talvez tenha razão no seu legitimismo.
Eles preferem ir ao fundo da coisa e manter o adequado estilo de ordem religioso-militar que talvez constitua o menos mal para quem foi feito à imagem e semelhança de heróis operários, de santas e beatos. Porque este objecto político é dificilmente comentarizável por profanos como eu, que sempre preferia que se fosse às Canárias buscar o Saramago ou ao comboio da história trazer de novo o Vasco Gonçalves.
Ninguém pode fazer regressar à casa-mãe os que dela se afastaram quando o mesmo grupo poderia transformar-se num partido democrático da esquerda, à maneira italiana.
Já não há Vital, nem Magalhães nem Pina Moura que regressem. Mal por mal, aguentemos a memória do Cunhal. Depois de tantas cisões e purgas, ninguém vai fazer em 2004 o que apenas podia ter sido lançado em 1989.
A ecologia lusitana exige que se respeite o passado. Eu respeito. Reconheço que Portugal precisa dos seus comunistas. Telúricos, profundos, presos ao chão profundo da utopia. Que resistam em nome da necessária ordem ecológica!
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