Eu, regionalista, me confesso
O belo símbolo atlântido onde Natália Correia bebeu a mátria
Ao contrário do que certos leitores da cartilha da direita poderão pensar, subscrevo inteiramente o que disse Miguel Cadilhe: «Um Estado centralista e macrocéfalo como o nosso não se reforma sozinho», «a regionalização é o melhor caminho para a reforma da administração pública de que há tantos anos se fala mas que nunca se faz», o que se referendou em Portugal «foi o mapa concreto das regiões, não a regionalização. Essa não é referendável, e o Presidente da República já recordou isso». Estou com Cadilhe, não estou com a frente centralista que uniu Mário Soares, Cavaco Silva, Paulo Teixeira Pinto, Luís Delgado, Ernâni Lopes, Vital Moreira ou Manuel Monteiro, isto é, com algumas pessoas com quem coincido noutras pertenças e lutas, mas não nesta.
De como Portugal é mais do que o quintal ibérico
Sou totalmente contrário a essa pseudo-regionalização fabricada por Miguel Relvas e agora defendida por um tal Arnaut, que dizem ser ministro. Sempre houve uma direita pela regionalização, pelo menos desde a Vendeia. E, subscrevendo parte do que proclamou o meu amigo e companheiro de ideias liberais e regionalistas, Carlos Abreu Amorim, eu estive na hora certa e no lugar adequado a defender a regionalização, sendo activo militante do movimento "Portugal Plural", liderado por Eurico Figueiredo, ao lado de socialistas, sociais-democratas, centristas e outros que tais, querendo aqui recordar um falecido combatente dessa causa, o meu companheiro dessa e doutras lutas chamado José Gama. E considero que as autonomias regionais da Madeira e dos Açores são belas conquistas do presente regime democrático.
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