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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

18.12.04

Afinal, não é só por cá!




Descobrimos, por acaso de pesquisa, o seguinte blogue: GayPatriot - a forum for the million gay men and lesbians who support President Bush. Standing up for freedom, fairness, free speech, privacy and true American values. Yes, Virginia, there are gay conservatives! Se isto é ser conservador, eu sou do Jerónimo! Será que qualquer coincidência com a realidade portuguesa não será mais do que simples coincidência?

Tentando dar uma base teórica à observação, consideramos, como Jung que existe um princípio de causalidade que liga acontecimentos que têm um significado similar pela sua coincidência no tempo em vez da sua sequencialidade. Porque "...fenómenos acausais devem existir... visto as estatisticas só serem possíveis se tambem existirem excepções" (1973,
Letters, 2:426). E "... factos improváveis existem, senão não existiria média estatística..." (ibid.:2:374). E, o melhor de tudo, "a premissa da probabilidade postula simultaneamente a existencia do improvável" (ibid. : 2:540).

Mesmo que exista uma sincronicidade entre a mente e o mundo de tal modo que certas coincidências ressoam com verdades fundamentais, existe ainda o problema de perceber quais são essas verdades. Que guia podemos usar para determinar a correcção de uma interpretação? Não existe nenhuma excepto a intuição. O mesmo guia levou Freud à sua interpretação dos sonhos. A única coisa que claramente revelam essas interpretações são os colossais egos dos homens que as fazem.