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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

4.1.05

Quando os Santanas eram Vascos



Juro que não vou falar de dies horribilis:

Cavaco recusa foto em «outdoor»

Pôncio Monteiro acusa Santana Lopes de traição

Paulo Portas é cabeça-de-lista do CDS-PP por Aveiro

Paulo Pedroso integra listas do PS em lugar não elegível

Pôncio Monteiro recusa ser cabeça-de-lista do PSD por Vila Real

Santana minimiza oposição de Cavaco a aparecer nos «outdoors»

Campelo recusa encabeçar lista do CDS-PP para Viana do Castelo




Prefiro fechar-me a uma só chave e viajar no tempo, quando os Santanas eram Vascos. Quem semeia ventos pode colher tempestades: quem não tem força para dominar o partido, também não tem capacidade para liderar o governo, e se calhar é por isso mesmo que Santana Lopes está na posição em que está. Também Bagão não foi feliz em Aveiro. O último a rir é que ri melhor.


Para conforto de Pedro, eis a serenas palavras do paginador do regime, sem papas na língua: Se Cavaco não pode aparecer num cartaz tão simples como aquele, então por que razão vai o PSD empenhar-se na sua potencial candidatura a Belém? Aí já lhe servirá a militância partidária? A força da máquina do PSD? É um gesto que não fica bem a Cavaco e absolutamente inesperado pela desproporcionalidade e discrepância entre ele e os outros PM. Agora, sim, percebe-se o discurso de Santana sobre a incubadora. Tudo começa a ser mais claro!



E para o movimento unitário dos trabalhadores intelectuais do santanal, basta o que um deles, no mesmo jornal, vem proclamar, de forma luminosamente lapidar e pouco pimba, infelizmente: o Partido Social Democrata, associado às reformas que Portugal tem conseguido fazer, a falar verdade sobre a crise que temos vindo a atravessar, herdada dos governos socialistas, e para a qual é preciso continuar uma imaginativa procura de soluções. Perante esta alternativa, que nada tem de dilemática, só se pode escolher um caminho um programa de verdade. O Abrupto que se cuide... o delegado já anda a citar Karl Rove!