Revolta no cavaquistão...NATO ameaça intervir contra o regresso de Al-Sahaf

Toda a classe política que, hoje, enfrenta o penúltimo dia de campanha já conhece os resultados das sondagens da "Visão" e do jornal "Expresso". Toda. Dos que não terão 10% até aos que se ficarão pelos 30%, passando pelos que correm o risco de pouco passarem dos 40%. E como prova disso, basta ler as entrelinhas dos discursos de Santana e de Portas. Aliás, ontem, em Tondela, o líder da ex-república do Cavaquistão, depois de dizer que estava “plenamente convencido” da sua vitória, admitiu que o PS poderá ser o vencedor do acto eleitoral. O segundo, o chefe do movimento de reabilitação dos ricaços e tias da Linha de Cascais, afirmou querer transformar «em muito relativa» a maioria absoluta pedida pelo PS, mas recusou estar a admitir o cenário de vitória socialista no próximo domingo. Os dois disseram e desdisseram, com um a agradecer o voto de José Pacheco Pereira e outro a falr sobre a solidariedade dos ex-combatentes numa tenda super-habitada por heróicas madrinhas de guerra... como se mostra na foto.




Nenhum dos responsáveis em causa se solidarizou até agora com a PSP, que isolou hoje de manhã o bairro da Cova da Moura, sito nos arredores de Bagdade, conforme se vê na foto, na sequência do tiroteio contra uma patrulha daquela força policial que resultou na morte de um agente e no ferimento de um outro. Nenhum também comentou a sondagem europeia, segundo a qual apenas quatro em cada dez portugueses estão satisfeitos com o funcionamento da democracia em Portugal, sendo o único país na Europa dos 15 que avalia mais negativamente a democracia interna do que a europeia. Todos calaram perante a afirmação de Sampaio: "precisamos de agentes políticos de alta qualificação, precisamos de enriquecer os partidos políticos, precisamos de aumentar a transparência e isto só se faz com pessoas altamente preparadas e altamente formadas. Para que esse défice não seja aquele défice que vai diminuindo a credibilidade das instituições". Isto é, o Presidente veio reconhecer que a actual classe política não tem qualificações...



A pátria, contudo, rejubila com o banho de multidão de José Sócrates, em Lisboa, que comparou esta quarta-feira Santana Lopes ao ex-ministro da Informação iraquiano Mohamed Al-Sahaf, dizendo que já «ninguém leva a sério» o presidente do PSD quando diz que vai ganhar as eleições legislativas, como se mostra na foto, protegida pela imagem pelo futuro candidato presidencial dos laranjas esverdeados. Resta saber se Francisco Louçã será o próximo ministro da economia, se o PS vai fazer um entendimento com os deputados eleitos pela secção da classe média "pórtista", mobilizada por Fernanda Pires da Silva e Abel Pinheiro, ou se o PSD passará a ser liderado pelos que, à última da hora, apareceram a apoiar as cores laranjas, de Marcelo Rebelo de Sousa a Pinto Balsemão, talvez por gostarem de exéquias festivas. A partir de segunda-feira, o regresso dos ministros de Guterres ao governo, com o PS a correr o risco de voltar a ter uma maioria, um governo e um presidente, pode fazê-lo engolir um inesperado queijo limiano, que bem pode ser a substituição de Barroso por António Vitorino, dado que o apoio explícito do actual presidente da comissão europeia ao PSD, em plena campanha eleitoral, está custar-lhe mais uma guerra com o Parlamento Europeu, a avaliar pelas reacções de várias bancadas e da imprensa internacional.