A vontade de todos contra a vontade geral
Hoje é dia de santa reflexão, para que, amanhã, se finja que houve liberdade e que as eleições foram justas, livres e leais. Hoje é dia de fazermos "delete" das notícias ditas políticas, isto é, dos "tacos" emitidos pelas agências de comunicação política, para que a bebedeira de "slogans" ocultasse a realidade. Amanhã, os velhos donos do poder continuarão a mandar. Porque exprimiremos a "vontade de todos" em vez da "vontade geral". Porque todos votaremos "útil", isto é, todos votaremos pensando nos nossos próprios interesses e não no bem comum. Porque cada um não poderá exercer o dever de votar como se ele próprio fosse o soberano. Porque ainda não chegou a hora da moralização da política. E não funcionará o imperativo categórico. Da conduta de cada não se poderá extrair uma lei universal. Rousseau continuará a não ser compreendido. E Kant poderá arriscar-se a ser cognominado como um perigoso maçon, adepto do gnosticismo.
Quem ler as notícias dos jornais de hoje, fica esclarecido: Televisões mobilizadas na noite do regresso de Marcelo Rebelo de Sousa. Santuário de Fátima inicia orações diárias a pedir chuva. Corrupção na Veterinária chega a instituto ambiental. Metade dos adultos hipertensos. A maioria das isenções feitas pelos centros de saúde ao pagamento das taxas moderadoras «são ilegais. Ser-se funcionário ou familiar de funcionário «são motivos invocados por algumas unidades para a não cobrança das taxas. Primeiro prémio do Euromilhões de novo para Portugal
EUA: Mais de 750 padres acusados de abuso de menores.
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