Novo episódio na história das listas da bufaria...
Apesar de haver garantia quanto à não consulta da coisa durante meio século, sempre há fontes especialmente informadas. Hoje, "A Capital" desmente o "Expresso" e a interpretação do arquivista-mor da República: Ao contrário do que foi noticiado ontem, o documento dactilografado, entregue ao grão-mestre da Maçonaria, num jantar em que estavam presentes maçons e não maçons, contempla uma extensa lista de nomes dos agentes e informadores da Legião Portuguesa, com direito a capítulo próprio, espalhados pelos 18 distritos do Continente. Dos 3600 nomes constantes da lista, 2600 são agentes/informadores da LP. Restariam pois mil como assinantes da propaganda da Legião Portuguesa. Não se trata pois de uma mera lista de correio como foi publicado. A notícia da existência deste dossiê, alegadamente encontrado no Palácio Maçónico que, durante o salazarismo e o marcelismo, foi ocupado pela Legião Portuguesa, no Bairro Alto, tem levantado algumas dúvidas, pois, ao que A Capital sabe, as quatro ou cinco pessoas que tiveram acesso imediato às instalações, após a sua entrega pelo Conselho,da Revolução com a assinatura de Rosa Coutinho, não terão encontrado este documento. A lista com 180 páginas dactilografadas foi entregue ao grão-mestre António Arnaut num jantar de nove de Abril, no encerramento do III Congresso da Maçonaria, por um elemento de uma loja que o teria em seu poder. Como foi apresentado numa sessão praticamente pública, António Arnaut fez questão em publicitar do que se tratava e entregá-lo na Torre do Tombo, o que fez na passada quarta-feira, declarando que o dossiê «não pertence à Maçonaria, mas ao País».
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