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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

9.4.05

Um conservador britânico, bem lusófono...



A TSF trouxe-nos, este sábado, uma entrevista com um ilustre deputado europeu, o conservador britânico, Charles Tannock, num excelente português, próprio de quem aqui passou a infância e fez o estágio como médico. Falando de uma certa Europa como coisa distante da velha Britannia, acentuou a circunstância de os socialistas franceses, que lutam pelo "não", pouco corresponderem aos britânicos eurocépticos do centro-direita. Os primeiros temem que o europeísmo bruxelense seja neoliberal; os segundos denunciam a utilização do princípio da subsidiriedade contra as autonomias nacionais. Por mim, estou, naturalmente, mais próximo dos segundos, porque têm provado que são politicamente experimentalistas e pluralistas, contra as tentações jacobinas e totalitárias.