Fui atingido por muitos restos de betão com que os Cias e os Kgbs desfizeram a obra erigida. Quem manda hoje nas subempreitadas globais são antigos empregados das gavetas desses jogadores. Não passam de feitores dos novos ricos que engordaram na mudança, escolhendo o patrão certo, neste neofeudalismo na anarquia ordenada, onde ninguém sabe mobilizar as sementes da revolta
Diante de duas pedras inaugurais de um edifício público, ou das comemorações de um aniversário qualquer, de uma outra inauguração, com nomes deste e doutro primeiro e dos pequenos primeiros que com ele comem, e comeram, à mesa do orçamento, apenas recordo António Sérgio e a diferença que ele dizia ir dos calhaus mortos às pedras vivas, mesmo que sejam pedaços de um muro...
Como não estou a falar de pedras simbólicas nem das ralações que misturam, primeiro indirectamente, e agora já mais directamente, um segundo partido parlamentar lusitano com a sucata, apenas me é dado concluir que muitas mais minas e armadilhas vão enredar as poses de estadão e de oposição do sistema. O tal que vai sendo cada vez mais coveiro do regime. Logo, prefiro reler "A Crise da República e a Ditadura Militar" dos Luís Bigotte Chorão, uma dissertação de doutoramento, apresentada em Coimbra que agora vai ser publicada em letra de livro, no próximo dia 15 de Dezembro. Será, muito simbolicamente, no Tribunal de Santa Clara, diante da Feira da Ladra.
PS: A imagem de Alves dos Reis não é por acaso. A partir de meados de Dezembro, o grande público pode consultar os depoimentos de Salazar e Cerejeira no processo em causa, safando um amigo deles, doutíssimo professor e colega deputado do partido CCP, que Alves dos Reis enredara noutra sucata...
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