Consciência tranquila e falta de confiança

No dia em que pode terminar o modelo sampaísta de coabitação e o consequente regime de "queen of England", anuncia-se que o Ministério Público acompanhou, em parte, as conclusões de uma auditoria do Tribunal de Contas à gestão da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada em 2001, e propôs a abertura de um processo de responsabilidade financeira sancionatória que atinge todo o executivo então liderado por Santana Lopes. Que mais nos irá acontecer com esta lentidão da justiça? A comunicação do presidente será complexa, anunciam fontes de Belém. Heróis do mar, nobre povo...



Já o ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, aceitou a demissão do presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Paiva Monteiro, que se demitiu alegando uma falta de confiança no secretário de Estado, um Paulo qualquer coisa. Já lá para o Mediterrâneo Oriental, o primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, obteve luz verde do Comité central do seu partido, o Likud, para a formação de um governo com a oposição trabalhista. Entretanto, Mota Amaral encerrou a última sessão da Assembleia, antes da dissolução, afirmando que quando começou a legislatura aludiu à "IX sinfonia" de Beethoven mas que afinal a legislatura termina com a "sinfonia incompleta" de Schubert. Nação valente e imortal...



Entretanto, José Sócrates acusou ontem o Governo de estar a usar os meios do Estado com fins eleitoralistas e criticou as nomeações que o Executivo tem feito nos últimos dias. Por seu lado, Manuel Monteiro tem urgência em saber se a Nova Democracia tem lugar na coligação de centro-direita que Santana Lopes e Paulo Portas devem formar. «Temos vindo a ser sondados. Até agora ouvimos, mas há um momento em que as conversações passam a ser oficiais e formais ou deixam de existir. Não somos um partido secreto». O Centro de Controlo Espacial da Rússia advertiu que os dois astronautas da EEI poderão ter de regressar urgentemente à Terra se até ao final do ano não chegar um novo carregamento de alimentos. As reservas de comida esgotam-se já em Janeiro. Mais de metade das empresas não paga o IRC. Esmagadora maioria das que pagam entrega menos de 5000 euros por ano ao Fisco. Dados de 2002 mostram incapacidade da máquina fiscal para obter receita. Contra os canhões, marchar, marchar...