Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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PIDE/DGS colaborou com os capitães de Abril e outros segredos da Razão do Golpe
Depois de José Mateus nos revelar que os norte-americanos deram a sua ajuda ao golpe de Estado do 25 de Abril de 1974, um dos implicados no movimento confessa o que há muito já se sabia, nomeadamente quanto ao perfil do próprio Costa Gomes, que, antes e depois de Abril, nunca renunciou à colaboração tecnocrática dos técnicos da "intelligence", fosse qual fosse a origem, de São José Lopes ao KGB, passando pela própria CIA, utilizando a técnica clássica de ler a informação ultraconfidencial numa folha de A4, para, depois, queimá-la, dado que preferia o arquivo da sua cabecinha. Basta ler o magnífico jornal "on line" de Alcobaça, "Tinta Fresca", dirigido por Mário Lopes:
"O coronel Sebastião Goulão, um dos capitães envolvidos no movimento do 25 de Abril, afirmou, durante um colóquio realizado na Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça, que o movimento dos capitães contou com apoios dentro da PIDE/DGS, os quais impediram que as informações sobre a preparação da revolução chegassem às chefias da polícia política e ao Governo. A confissão foi feita no dia 20 de Abril, numa sessão dedicada a estudantes do 12º ano que contou com a presença de Iva Delgado, filha do general Humberto Delgado."
"Sebastião defende que o movimento do 25 de Novembro, liderado por Ramalho Eanes, teve o condão de repor a pureza do 25 de Abril. Outra das vantagens deste golpe militar foi recolocar os militares nos quartéis, evitando assim que pequenos grupos de populares pudessem provocar desacatos políticos, com o apoio das armas dos militares."
"Relativamente à recente descoberta de alegadas listas de agentes da Polícia Internacional para a Defesa do Estado/Direcção Geral de Segurança (PIDE/DGS), Sebastião Goulão manifesta-se contra a sua revelação pública, passados que foram 31 anos após a Revolução dos Cravos, por ir reabrir feridas há muito saradas. "
Quem contactou o modelo de Razão de Estado seguido pela geração dos Costa Gomes, no que era acompanhado por outros generais especialistas em "informações" e por vários professores catedráticos treinados em tais formas de trituração mental, pode confirmar que, desses ínvios processos do realismo político, raramente ficaram registos em papel ou noutros suportes domésticos. O essencial é apenas consumível pelos neurónios e morre com eles, pelo só os que receberam testemunhos orais o conseguem retratar.
Apenas esperamos que tenham ficado rastos da coisa nos grandes sistemas de Washington, Paris e Moscovo, onde estão reservadas grandes surpresas para certas fabricações de imagem levadas a cabo por pretensos patriotas lusitanos, nomeadamente os que mandaram soldadinhos morrer nas areias dos sucessivos feitiços de império. Alguns deles já devem estar bem arrependidos por me terem confiado certos segredos, pensando que eu seria recrutável para super-espião desse maquiavelismo pintado de grandes tiradas conceituais. Só que eu fui guardando e testando experimentalmente todas essas memórias. E revelá-las-ei em tempo, quando os sistemas de perseguição que continuam a manter em plena democracia permitirem que a verdade possa ser tratada cientificamente e universitariamente, para serviço do bem comum, longe das teias realmente feudais e falsamente carismáticas que continuam a enevoar a necessária legitimidade racional-normativa.
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