Um quarto de hora antes da Grande Depressão, o regime ainda estava vivo
A mais institucional das nossas ministerialidades, atendendo, sobretudo, ao brilho das fardas a que costuma passar revista para as televisões, acaba de levar na cabeçona uma reprimenda do institucional-mor do Palácio de S. Bento, pouco antes do queirosiano seleccionador permitir que os "vikings", numa dessas operações de razia, nos fizessem morrer à vista de costa. Entretanto, Pedroso irritou profundamente os situacionistas, fazendo com que António Borges e José Lello emparelhassem e assim não comentassem as más notícias vindas da recessão europeia e, sobretudo, da espanhola, que agora tem que digerir a outra face da moeda Zapatero. Por outras palavras, o regime entrou na lucidez do avestruz, metendo a cabeça nas areias deste deserto de ideias e, como Monsieur de La Palisse, um quarto de hora antes daquilo que ontem avisou George Soros na RTP, emite comunicados e contra-comunicados, entre os dois palácios da coabitação. Por mim, tento ser coerente como homem livre e homem revoltado, prestes a cumprir minha missão.
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